segunda-feira, 30 de junho de 2008

O buzz evangelista

O quê? Um buzz gerado por polêmicas sobre uma top model canadense dos anos 90? Seria o buzz da Linda Evangelista? Não. Então, deve ser o buzz sobre alguma igreja que teve crescimento exponencial no Brasil e no mundo, como a Igreja Universal? Seria porque ela evangelizou muita gente? Tá esquentando, mas ainda não é bem isso! Mas então o que é, afinal de contas, esse tal buzz evangelista?

À parte essas e outras sugestões mais incautas, pare e pense: alguma vez você já gostou tanto do atendimento de uma loja, que a recomendou para vários amigos e familiares? Se sua resposta for sim, saiba que você, mesmo inconscientemente, se tornou um evangelista dessa loja. Segundo Georges Chetochine, o evangelista é um autêntico propagandista de uma marca, que se orgulha por converter seus amigos, conhecidos e familiares à sua descoberta.

O evangelista é aquela pessoa que não se cansa de louvar as qualidades de um chocolate que é 'o melhor chocolate que já comeu', por exemplo. Ele acredita no produto, diz que o gosto é fascinante e que quando comprou outra marca acabou se arrependendo. O desejo desse evangelista é compartilhar sua alegria, sua satisfação, seu conhecimento com quem estiver ao seu redor.

Desenvolver uma estratégia de Buzz Marketing, segundo Ben McConnel e Jackie Huba, significa para uma empresa, antes de mais nada, transformar seus clientes em clientes evangelistas. Os autores defendem a idéia de que uma empresa deve beneficiar-se do boca-a-boca e aperfeiçoá-lo, fazendo com que seja realizado por clientes evangelistas.

O interessante na evangelização é que ela consiste num buzz (ou boca-a-boca) duradouro. Os anos passam e a pessoa continua a evangelizar, ou seja, a transmitir sua fé em alguma coisa, já que sua grande alegria é comunicar a todos que cruzem o seu caminho, aquilo que ela considera ser bom tanto para ela quanto para os outros.

No que se refere à estratégia de Buzz Marketing, adotar a evangelização significa, no fundo, utilizar os clientes mais fiéis, os mais apegados à marca, e pedir a eles que façam o marketing da empresa. Que sejam, portanto, ao mesmo tempo, a mensagem e a mídia. Em outras palavras, o Buzz Marketing pode ser feito dando meios pelos quais os evangelistas possam promover uma evangelização sistemática do mercado e, dessa forma, criem mais e mais evangelistas.

Nenhum comentário: