domingo, 30 de novembro de 2008

Uma estratégia para driblar a crise

Tempos de crise nos Estados Unidos, mas como diz o Sílvio Santos 'com crise se cresce'. O paradoxo é que os economistas estão aconselhando os consumidores a poupar e evitar dívidas, ao passo que o comércio quer, mais do que nunca, vender os presentes de Natal.

Em meio ao tumulto, eis que surge uma estratégia interessante. Campanhas publicitárias nostálgicas como a criada pela Young & Rubicam para a Sears, tradicional loja de departamentos dos EUA. São comerciais de TV que tem o objetivo de tentar levar o consumidor a se lembrar de uma época mais agradável e assim, apelando para a emoção, tentar fazer com ele gaste mais.

Um esforço conjunto destas iniciativas na publicidade mais o lançamento de promoções de descontos e liquidações tem uma probabilidade muito grande de aumentar o número de vendas neste final de ano.

Continua.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Profissionais e suas posturas

Em 'Criatividade em Propaganda' de Roberto Menna Barreto, encontrei esta 'paulada' de George Bernard Shaw: "Todos os especialistas são conspiradores contra os leigos".

Chocante? Talvez. Mas já vi exemplo disso na prática: profissional (com ego super inflado) sendo arrogante com pessoas de outras áreas. Valorizar o próprio esforço e conhecimento é algo realmente digno, mas subestimar alguém por não ter feito a mesma escolha profissional, é o cúmulo.

Menna Barreto adverte: cuidado com qualquer profissional que, mesmo aparentemente sem intenção, lhe der consciência, nos primeiros dez minutos de conversa, de sua ignorância sobre a ciência dele. Para o autor, o profissional que faz isto está, no fundo, camuflando sua incompetência.

O oposto, o profissional competente, para Menna Barreto, é um simplificador. "É marca inconfundível de sua capacidade a maneira como reduz instantaneamente uma situação problemática, às vezes mesmo contra sua vontade, ou seus interesses."

Acredito que as idéias explanadas neste post se aplicam a várias profissões. Contudo, dentro da proposta do blog, volto meu olhar para a comunicação, onde a primeira figura que me ocorre é Washington Olivetto.

Aos 48 anos ele foi eleito o Publicitário do Século tanto pela Associação Latino-americana de Publicidade quanto por uma enquete na Internet feita por profissionais do ramo, em 1999. A título de exemplo de como Olivetto ganhou este título, basta dizer que só no Festival de Cannes ele foi premiado 46 vezes (até ano 2000).

Ao ser questionado sobre por que foi escolhido como o publicitário do século, Olivetto respondeu: "Ganhar publicitário do século é fácil, qualquer um ganha, mas seu time ser campeão mundial de futebol, isso sim é relevante. Estou muito feliz, por esses dois motivos. Sou humilde, mas não modesto. Não seria maluco de achar que não mereceria. A geração de publicitários anterior à minha profissionalizou a atividade e depois ela precisava de alguém como eu."

Em seguida, a entrevistadora Paula Quental, faz uma pergunta de resposta um tanto óbvia 'Você ganha muito dinheiro com publicidade?' Ao que Olivetto respondeu: "Felizmente a vida me tem sido pródiga. Acho exibicionista falar o quanto ganho, mas posso garantir que ganho tão mais do que eu preciso e tão menos do que eu mereço."

Relação entre buzz e atendimento

O buzz, ou boca-a-boca, segundo Jerry R. Wilson (Marketing boca-a-boca, p.71), opera num contínuo do negativo para o positivo. Este contínuo, representado na figura abaixo, está diretamente relacionado à qualidade do atendimento prestado.


É praticamente auto-explicativo? Ou totalmente?