A internet é um lugar onde a filantropia e os negócios convivem harmoniosamente. De associações de bairro a grandes indústrias, as mais diversas organizações possuem suas páginas na rede. O objetivo primário de quaisquer delas é a comunicação: informar sua existência, transmitir mensagens relacionadas à atividade que desenvolvem.
Um site não é necessariamente uma forma de publicidade ou marketing, mas estas são utilidades possíveis da ferramenta. Quando este é o caso, existem outras ferramentas de comunicação online que visam encurtar a distância entre o internauta e a organização: são os banners, pop ups, hotsites, emails, entre outros.
E é provável que o email, por várias razões, seja a mais poderosa das ferramentas aqui citadas. Afinal, em meio a uma terra de todos (ou de ninguém), o webmail costuma ser o primeiro espaço privado de um internauta na rede. Atualmente os emails são gratuitos, fáceis de criar e com uma capacidade de armazenamento enorme. Por email são tratados os mais variados assuntos, se pode recomendar algo, divulgar um evento e, ainda que não diretamente, comprar e vender coisas.
Por ser uma forma de enviar mensagens objetivamente, o email se tornou um canal de colaboração online. Ao contrário de fóruns ou redes sociais onde todos os demais usuários podem ver o conteúdo das mensagens, o email é reservado, sigiloso. Por email os internautas podem compartilhar sites, fotos, informações sobre produtos, serviços, notícias, promoções, virais, etc.
Com um email o internauta pode também se cadastrar em newsletters sobre assuntos específicos, receber publicidade (ainda que não solicitada), correntes e pedidos de ajuda. Estes últimos, no entanto, são um artifício, ou melhor, uma armadilha para coletar dados na qual muitos internautas desavisados entram sem saber. É aí que a colaboração passa a ter outro significado. Ou seja, ao repassar aquele email para X pessoas a fim de ganhar sem concurso um celular da marca Y, você na verdade está colaborando para engrossar o mailing do hacker Z. Mailings como esse podem ser negociados e servirão para propagar spams que entulharão incontáveis caixas postais, inclusive a sua. Isto quando não tentam roubar seus dados e senhas!
Em suma, dia após dia assisto a voluntariedade altruísta de uns se transformar na lucratividade oportunista de outros. Nessa situação cabe como uma luva aquele provérbio cuja autoria eu desconheço, mas que diz assim "de boas intenções o inferno está cheio". Eis o milagre da multiplicação: o email que você encaminha hoje, transformar-se-á nos 50 spams que você receberá amanhã.
Um comentário:
Por essas e outras que não sou muito adepta a certas correntes e "encaminhamentos".
Mas, hoje em dia, às vezes nem o e-mail é tão seguro.
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