Arte, segundo a Wikipedia, é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e idéias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores. No sentido moderno, o termo arte pode se referir a atividade artística ou o produto da atividade artística.
Entretanto, troque-se artistas por publicitários e espectadores por público-alvo e perceberemos que a arte e a publicidade têm muito em comum. Obviamente existem diferenças, mas tanto uma quanto a outra são suscetíveis à exibição e interferem nos pensamentos e/ou sentimentos de quem as vê ou ouve.
Já ouvi que o artista cria com total liberdade, ao passo que o trabalho do publicitário é restringido pelos interesses de um anunciante. Ora, mas quantas obras de arte só existem porque alguém as encomendou? Uma das mais célebres pinturas de toda a história, o teto da Capela Sistina, por exemplo, foi contratada a Michelangelo pelo Papa Júlio II. Neste contexto, o sacerdote em questão é equivalente ao anunciante na publicidade, ou seja, aquele que contrata e paga pelo serviço.
Há, contudo, obras que não são previamente contratadas e temos então uma grande diferença. Enquanto a publicidade é contituída de uma peça que servirá para vender produtos, a arte contitui o próprio produto. Em outras palavras, a arte pode existir por si só e pode até não ser vendida, mas a publicidade depende de um produto para existir e é necessariamente vendida ao anunciante que a contratou.
Outro ponto de convergência entre arte e publicidade é a necessidade de um meio para sua exibição. O rádio, por exemplo, é utilizado tanto para jingles e spots (publicidade) quanto para músicas (arte). A televisão, por sua vez, é um meio que exibe filmes (arte) e comerciais (publicidade). Quanto a Internet, num mesmo site é possível se encontrar fotografias artísticas e e-books (arte) e banners divulgando produtos (publicidade).
Seria possível, contudo, se fazer publicidade de uma obra de arte? Claro. É o caso dos cartazes de filmes, anúncios de peças de teatro e dos spots sobre shows. E seria verdadeira a recíproca? Sim, embora bem menos comum. É o caso, por exemplo, das colagens e das esculturas feitas com material alternativo (anúncios e embalagens de produtos).
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